14 maio 2014

Minha (quase) recaída

Boa noite pessoal...

Bom, como citei no post anterior meu fds não foi nada bom. Foi bem pior do que fds passado.
Estava conversando agora com a minha mãe sobre estar muito difícil, cada dia pior ficar sem fumar e comecei a filosofar:
Eu era uma Débora quando eu fumava, e sou outra Débora sem fumar. A Débora que fumava era bem mais legal, agradável, simpática e divertida do que a Débora que não fuma, que é nervosa, chata, irritante, mal humorada. 
Será que essa Débora sem fumar na verdade é só uma fase? Será que tudo vai passar quando melhorar da abstinência?
Será que a Débora de verdade é esta que está sem fumar?
Mas eu gosto mais da outra Débora, a que fumava.

Daí minha mãe me perguntou: "Gente, será que o cigarro faz tudo isso com a pessoa mesmo?"
E eu respondi: "Mãe eu não sei, só sei que ou ele faz ou eu estou ficando louca"

Sábado tive um aniversário num barzinho. Como tive uma sexta de cão eu estava decidida que eu iria fumar um cigarro pretinho. Sabe aqueles de menta, numa caixinha preta, que particularmente são horríveis? Pois bem, o chamamos de pretinho. O namorado não queria deixar mas eu briguei e ele ficou quieto. Lá fui eu pra calçada, me juntar com meus amigos fumantes e fiquei com ele na mão. Fiquei pensando mil vezes "acendo? não acendo? Será que vou voltar a fumar? Será que vai ser pior?" e todo mundo olhando pra mim com aquela expectativa mandando eu acender logo. Acendi e dei a primeira tragada naquela menta (blaaaaaaaaaarggggg) TERRÍVEL. Mas não pelo cigarro e sim pela menta hahahahahahahaha. 
Quando soltei a fumacinha, que felicidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 

Resumindo: fumei um pretinho.

Não contente, entre um copo de cerveja aqui, vários ali.........eu queria um Marlboro Light. 
Onde eu estava com a cabeça? Será que eu estava querendo testar meus limites? Será que eu tava sem noção do perigo? 
Claro que o namorado não queria deixar, e foi aí que peguei um escondido com um dos amigos nossos e desci lá do andar de cima onde estava jogando sinuca. 

Estava lá eu, na calçada, sozinha..... eu e ele e o isqueiro. Passaram mil coisas na minha cabeça, até que acendi. Não me senti culpada, triste, derrotada... nada disso. Na verdade eu só queria curtir aquele momento, aquela fumaça, aquela paz que eu queria tanto sentir..... Foi perfeito. Depois eu quis mais um, mas achei melhor não abusar pq mesmo assim eu estava decidida e convicta que eu não voltaria a fumar. Foi então que fumei mais um pretinho.
Após uma briga feia com o namorado depois do barzinho, o que me resultou num término de namoro passei o domingo tranquilo como se não tivesse fumado no dia anterior, e assim estou até agora. Foi somente no sábado a noite, e aqui continuo eu, sem fumar......

Confesso que muitas vezes eu passo na frente da lanchonete que eu comprava cigarro praticamente todo dia e tenho vontade de entrar. Tenho vontade de ir na padaria e comprar um cigarro solto. Num momento de stress tenho vontade de largar tudo e comprar um cigarro. Tenho vontade de ir até o estacionamento do trabalho e pedir um cigarro pro vigia que fumava comigo às vezes no horário do meu almoço. Não está fácil, não está melhorando, não está passando, e a cada dia piora mais e mais.

Será que isso nunca vai passar?

Porque eu não estou aguentando mais.

Saldo do fim de semana:
  • 2 cigarros pretinhos
  • 1 cigarro normal
  • 1 namorado perdido
  • 1 kilo a mais
Que saudade da Débora que fumava.....





7 comentários :

  1. Ow Debora, lendo seu post parece que sou eu quem estou sofrendo. É incrível como mudamos sem o cigarro e como é difícil para as pessoas entenderem, né? Mas não se sinta tão mal por isso... entendo que sua mãe não acredite que um cigarro seja capaz de mudar tanto assim uma pessoa, quem nunca fumou não entende. Até a minha que fumou por 20 anos (inclusive grávida de mim) e não fuma há 10 anos, esqueceu como foi difícil prar ela parar de fumar.

    O fato é que a ausência do cigarro induz sim um processo fisiológico depressivo, e não é invenção do fumante/ex-fumante, a ciência explica isso! Por isso que o tabagismo é considerado uma doença e existem tantos estudos para descobrir alternativas para auxiliar no tratamento da abstinência. No seu caso talvez seja necessário que você use um antidepressivo pra ajudar nesse período. Eu, particularmente, evito tomar remédios por medo de viciar, mas cada caso é um caso...
    Vou escrever um post hoje sobre este assunto em sua homenagem.
    Beijo grande!

    www.blogdoexfumante.blogspot.com.br

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    1. Milena, você sabe de algum lugar onde tenha alguma matéria sobre esse estado depressivo de quem tenta parar de fumar? Preciso mostrar pra minha mãe, pra pelo menos ela, das pessoas que estão próximas a mim, acreditar.

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    2. Tenho sim, Deby... tenho muito livros e artigos científicos rs... mas como sua mãe deve ser como a minha que acredita mais no que a globo fala, você pode dar uma procurada no google ou youtube algo sobre o tabagismo e dependência da nicotina, tem um site de Drauzio Varela que ele explica bem direitinho os efeitos da abstinência... Vou pra o ioga agora e quando eu chegar procuro pra você... Tentarei fazer um post bem bacana e didático sobre isso hoje, daí colocarei as referências pra você mostrar à sua mãe :)
      Se você quiser, pode ir olhando na net a bula de um medicamento chamado bupropiona, que é um antidepressivo utilizado para auxiliar no tratamento do tabagismo...
      Fique bem e estou torcendo por você!
      Beijão

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  2. Débora, meu pai eterno!!! Primeiro, muitos abraços pelo término. Fica bem, viu? Que punk... E te entendo perfeitamente. É exatamente assim que eu me sinto às vezes, com saudades daquela Mariana fumante, tão estilosa, tão charmosa soltando suas baforadas elegantes... Tô tentando me convencer de que é tudo uma questão de tempo, que eu vou me reconquistar. Se ajudar, meu marido acabou com os adesivos e está péssimo. Vai consultar a prima, que é neuro, pra ver se tem algum remédio para amenizar os sintomas. Ele anda super triste, bra baixo, uma coisa. Então, acho que isso é sintoma mesmo da ausência da nicotina. E vai passar. (assim esperamos)

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    1. Mariana, adorei o "parabéns pelo término"... acho que você pensou o mesmo que eu...
      E em relação ao seu marido, é isso mesmo, cada um reage de uma forma. Pra mim o que importa é tentar entender o outro, isso pra mim é uma relação a dois, cumplicidade acima de tudo!

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  3. Milena, Mari... obrigada pela força. Vcs não imaginam como é importante ter pessoas como vcs que me entendem, que me apoiam, me incentivam, tentam me manter forte. Minhas emoções estão tão afloradas que lí os recadinhos de vcs e chorei kkkkkkkkk..... Jamais pensei que parar de fumar ia transformar minha vida dessa maneira.... As vezes a gente pensa que o cigarro (ou a falta dele) tem efeitos físicos somente.... Nunca imaginei oq aconteceria com a minha mente ficar sem o cigarro. Tá difícil, triste, me sinto sozinha, parece que o mundo está contra mim e ninguém entende ou acredita do que eu esteja sentindo, são nessas horas que eu fico feliz por ter feito esse blog e ter pessoas como vcs que entendem exatamente meus sentimentos. Obrigada obrigada obrigada...

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  4. Essa parte que vc fumou vc não me contou ontem.... #chateada

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